domingo, 26 de agosto de 2018

Música eletrônica relatada em livros



A música eletrônica no Brasil tem merecido muita atenção á anos, no entanto, a literatura a respeito é escassa. E engana-se quem acredita que a música eletrônica surgiu nas décadas mais recentes, estudando á fundo a história de música eletrônica em 1750 temos o primeiro instrumento capaz de reproduzir sons de instrumentos de sopro e de cordas, descrito como o primeiro instrumento musical eletrônico, "Golden Dionysis", sendo assim, feita a primeira música eletrônica do mundo.

Depois entre 1850 a 1940 surgirem os primeiros artistas e equipamentos, em 1950 surge música concreta e Elektronische Musik, saltando para década de 1960 e 1970, surgem os sintetizadores pessoais e as músicas populares, a partir de então a e-music teve uma evolução incrivelmente rápida, atualmente, é um dos pilares mais relevantes da indústria fonográfica e faz a economia girar com a realização de gigantescos festivais musicais em todo o mundo.

A título de colaboração, reuni alguns livros lançados até agora, e contam com detalhes toda evolução. O primeiro da lista e também o primeiro que comprei é foi Todo dj já sambou.


O livro conta a história da profissão desde quando ela surgiu no país até os dias atuais, além disso, trata da noite, cultura clubber entre outros estilos. No meu caso utilizo ele como livro de autógrafos. Congui alguns até o momento.


Meb - A História da Música Eletrônica Brasileira, disseca a História da Música Eletrônica Brasileira. Dos seus primórdios na inimaginável década de 1930, passando pelos marcantes anos 80 e 90 e chegado aos dias atuais, apresentando um panorama histórico completo e objetivo sobre as personalidades, técnicas, instrumentos, estilos musicais, locais marcantes de apresentações de artistas, meios de divulgações e tendências que compõem o mosaico da MEB nas grandes cidades brasileiras.

Música, Máquinas e Humanos - Os Djs No Cenário da Música Eletrônica, aborda a trajetória dos DJs de música eletrônica ao longo de algumas décadas, de disc jockeys (locutores de rádio e colecionadores de discos) com entrevistas com DJs no eixo Rio – São Paulo.

Festa infinita: o entorpecente mundo das raves, este livro apresenta uma investigação jornalística sobre o mundo das raves - festas de música eletrônica que chegam a durar semanas e atraem multidões para sítios, descampados e praias desertas.

Os Djs da Perifa – Música Eletrônica, Trajetórias e Mediações Em São Paulo, neste livro, o autor analisa as estratégias de mediação cultural empregadas pelos jovens da periferia na construção de suas identidades como DJs e ao longo de suas trajetórias profissionais, destacando dinâmicas étnicas, geopolíticas, de classe e de gênero. 

Babado Forte - Moda Musica e Noite, livro que se dedica a contar a história da juventude dos anos 90, sob o eixo Rio-São Paulo, documento da cultura jovem urbana brasileira a partir da ótica dos clubes noturnos, além disso, um glossário de gêneros musicais explica o que é cada uma das vertentes da música eletrônica numa linguagem para leigos e iniciantes. 

Pra quem não conhece muito da cena eletrônica brasileira ficam as dicas. See you !



   

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Baladas alternativas em São Paulo - GB DRINKS


Muitas vezes, as pessoas quando estão à procura de diversão pesquisam à fundo as melhores opções de lugares, pesquisam nomes, e ambientes, não se esquecendo é claro, de saber o estilo de música que é tocada no local, algumas pessoas procuram clubes com festas tradicionais, outras procuram festas alternativas. GB DRINKS é uma dessas baladas alternativas em São Paulo, localizada na zona sul, próximo ao terminal Guarapiranga, administrado por Daniel Leandro vem abrigando vários projetos de música eletrônica.


O local é decorado com capricho, a pista "mixa" com a rua, onde quem dança se mistura aos passantes. Em clima animado, participam DJ´s, moradores da região e crianças. Ninguém paga nada. A balada começa cedo e acaba (às 22h), em respeito aos vizinhos.

Vale a pena conhecer. Mini clube especializado em música eletrônica alternativa e tem como principal objetivo desenvolver a cena eletrônica na região.


Meus podcasts
https://www.mixcloud.com/djzigy/



A IDÉIA É GERAR UMA PROPOSTA QUE SE TORNE COMPATÍVEL COM OS ANSEIOS DE TODOS NÓS. JUNTOS FAREMOS A DIFERENÇA.


Endereço GBDRINKS:
R. Antônio Viêira Mistura, 75 - Jardim BandeiranteSão Paulo


domingo, 12 de agosto de 2018

Sou dj e todo mundo está produzindo, e agora ?


Um assunto que sempre está em pauta nas conversas entre DJ´s, produtores e afins, será que preciso produzir músicas para ser reconhecido como um DJ profissional para ter sucesso ? 

De fato consideramos tarefas diferentes, DJ responsável por escolher uma música, e tocar nas festas ou nas rádios. Produtor é responsável por escrever, compor e produzir música.

São duas coisas completamente distintas, porém nos dias atuais, cenário competitivo, um DJ pode ser produtor e um produtor por ser DJ, mas o mercado faz confusão, distorcendo as duas profissões. 


Com as novas formas de tocar pelo uso de ferramentas como o Traktor ou Ableton, a arte de tocar como DJ não limita mais em simplesmente em mixar 2 músicas.

De fato fazer música não o torna melhor DJ e ser um produtor não o torna um Dj com uma pedagogia musical perfeita e com uma técnica de mixagem excelente. A realidade na atualidade
é outra, o mercado mudou muito e agora ser Dj virou uma profissão que pode te dar de comer, mas também virou moda e status e isso faz que tenha mais Djs que no passado.

Em consideração as regras do mercado e a vontade de ser um DJ famoso me força a ser também um produtor, porém não necessariamente absorvo como via de regra, cabe a sua decisão, sua definição para sua carreira, conheço dj´s famosos que não produzem músicas, atípico ? Mais tem ! 

Se observamos a situação atual percebemos que há algo importante que cada DJ deve considerar: agregar valor à sua trajetória artística. Um Dj hoje que toca e produz sua própria música, tem a sua própria label para vender e distribuir a própria música, é um promotor de evento ou até criou uma agência de booking, tem suas chances multiplicadas com relação ao seu concorrente. Até parece estou entrando em contradição no texto, mas temos que analisar os dois cenários.


Blz, não sei produzir, então vou pagar alguém e fica tudo certo, afinal quem vai saber ? Não seria nada legitimo e ético, e mais cedo ou mais tarde a mascara cai. Sempre prevalecerá o trabalho e talento que somados no final serão recompensados. Seja autentico.

Outro ponto de obervação é a procura forçada do sistema por dj´s / produtores, isso emerge o seguinte pensamento "opa vou aproveitar a demanda, crio um loop sem vergonha, um arranjo safado, um efeitinho e já era", esse perfil de dj/produtor é o que mais tem e denigre a imagem das pessoas que trabalham sério gerando aquele comentário chato de ouvir "musica eletrônica é tudo igual mesmo !" sem citar os mercenários de plantão.

Se você quer alcançar sucesso nacionalmente ou até mesmo no exterior, você deve aprender a produzir suas próprias músicas ou se quer seguir uma carreira apenas de dj´s e quer ser reconhecido, outro caminho são os campeonatos de dj´s, o mais famoso e antigo é o DMC. Independente de qual caminho escolher faça o melhor. Boa sorte !     








sábado, 4 de agosto de 2018

Declínio da qualidade de áudio na música



No começo dos anos 80 gravações em estúdios profissionais tinham uma qualidade de áudio surpreendente, um engenheiro do estúdio reproduzia as gravações, deixando as claras e realistas.   

Após recebíamos uma versão em cassete da gravação. Parecia boa, mas a qualidade do áudio não era tão boa quanto a original. Fita multitrilha para fita master estéreo de 1/4 "para cópia de fita cassete não ficava tão boa.

Pessoas que apreciam áudio de alta qualidade (música) são chamadas de audiófilos. Elas tentam obter a melhor qualidade de áudio possível usando componentes de alta qualidade (geralmente caros) em seu sistema de reprodução de música. Antigamente um bom sistema de som estava na lista de desejos de quase todos os adolescentes que eu conhecia. A música era importante para nós e queríamos que soasse bem. Então, enchemos nossos quartos com equipamentos de som estéreo e alto-falantes enormes. 

Em seguida, a Philips e a Sony apresentaram os CDs. 


Tenho presenciado vários debátes sobre a qualidade de áudio da música desde que os CDs chegaram ao mercado. Quando CDs foram introduzidos pela primeira vez, eles foram considerados como um meio de som melhor do que o vinil e que nunca se desgastaria. Mas isso nem sempre foi o caso. As pessoas rapidamente descobriram que gravações totalmente digitais podiam soar duras. Os engenheiros de gravação e masterização ainda não aprenderam a gravar ou masterizar com mídia de CD gerando grandes debates sobre 16 bits contra 24 bits.

Francamente, a maioria dos consumidores não se importava. Eles tinham vindo de álbuns de vinil que tinham no máximo 20 minutos por lado e poderiam ter chiados, riscos e deformações. Ou cassetes que precisavam ser rebobinados ou encaminhados rapidamente para chegar a uma música em particular, e tinham uma fita fina que frequentemente era mastigada pelo player ou retirada do cartucho. Além disso, eles tinham pior qualidade de áudio do que 8 faixas.

Comparado aos discos de vinil e aos formatos de fita, os “discos compactos” tinham a vantagem de ser capaz de manter um álbum inteiro de um lado, com espaço para “faixas bônus”. Não era necessário virar o disco na metade do caminho. Melhor ainda, eles tinham acesso aleatório. Você pode facilmente escolher qualquer música no disco e ouvi-la. A qualidade de áudio foi elogiada por alguns, mas foi realmente a conveniência que conquistou a maioria das pessoas para o novo formato. Pelo menos até as gravadoras ficarem gananciosas e começarem a cobrar R$ 30 por um CD de música de 20 anos.

Então a Apple introduziu o iPod.


O mundo mudou novamente. Agora você pode colocar centenas ou milhares de músicas em um único dispositivo. Que foi incompreensível. Claro, a compressão de áudio (um codec que literalmente descarta parte do áudio para obter tamanho de arquivo menor) e baixa taxa de bits (quantidade de bits de dados processados ​​por segundo) usada para tocar muita música em um único iPod soava muito ruim no começo. Mas as pessoas não se importavam. Eles adoraram a conveniência e estavam dispostos a trocar qualidade de áudio por conveniência. À medida que o armazenamento ficou mais barato, as taxas de bits aumentaram e os arquivos soaram um pouco melhores. Eles ainda não tinham a “qualidade de estúdio”, mas como a maioria das pessoas estava ouvindo com fones de ouvido baratos, a qualidade de áudio mais baixa não era tão perceptível. 

Todas as tentativas de qualidade de áudio superior falharam.
Pono Player-áudio de alta qualidade. 

Empresas tentaram introduzir formatos de música de alta qualidade (Apple Lossless, FLAC, etc.) e players (DAT, minidisco, SACD, Pono Player) ao longo dos anos, mas a maioria dos consumidores simplesmente não estava interessada. Poucos queriam comprar sua música novamente em outro formato ou se incomodar em convertê-la além de serem mais caras e não tão convenientes.

Então Streaming veio junto.

O streaming levou a conveniência a um nível totalmente novo. Nenhuma mídia física era necessária para o usuário. Músicas existiam em um servidor em algum lugar. Seu telefone ou computador tornou-se seu aparelho de som. Mas a qualidade de áudio teve outro impacto. Todos os serviços de streaming usam a compactação de áudio para tornar os arquivos de áudio menores, para que eles sejam transmitidos melhor. O Spotify usa o OGG Vorbis e a Apple usa o codec AAC para compactar arquivos. Ambos fazem o som de áudio piorar. A maioria concorda que o codec da Apple soa melhor que o OGG com a mesma taxa de bits, mas ainda são formatos “com perdas” que descartam informações de áudio. O Spotify também usa uma taxa de bits muito baixa para seu serviço de streaming padrão gratuito. Menor que a taxa de bits original do iPod. Alguns serviços de streaming  oferece FLAC, outro codec de compressão, que afirma não ter perdas. Portanto, em teoria, a qualidade do áudio não é tão boa quanto um CD.


O Serato DJ  


O Serato DJ é um aplicativo de software de emulação de vinil criado pela Serato Audio Research, da Nova Zelândia , distribuído e licenciado exclusivamente para a Rane Corporation . Serato foi conhecido pela primeira vez por seu plug-in Pro Tools , o Pitch N Time , que foi vendido predominantemente para a indústria cinematográfica.

O Serato DJ permite a manipulação e a reprodução de arquivos de áudio digital (mp3, wav, aiff, ogg e não-DRM aac) usando toca - discos de vinil tradicionais ou tocadores de CD por meio de timecode especial de discos de vinil ou CDs. Para este reprodutor o que vale mais é o formato do arquivo para  uma qualidade de áudio melhor. 



Vinil. O retorno.


Vinil com seu modesto retorno nos últimos anos. O vinil é um formato analógico como fita. Ele usa um fluxo contínuo para capturar ondas de áudio. O áudio analógico é dito ter um som mais forte, encorpado do que o áudio digital. Mas o vinil é uma mídia imperfeita que também introduz imperfeições na música como distorções de velocidade, barulhos, etc. Acredito que o prazer da experiência tátil ou nostalgia tenha estimulado seu retorno mais do que a qualidade real do áudio.

A qualidade de áudio continua sendo muito importante para quem faz música e deve ser para quem ouve. Ainda assim, o áudio de alta qualidade é inútil sem alto-falantes de alta qualidade ou fones de ouvido para fazer justiça. 

Meu sonho é que a tecnologia e os avanços da transmissão de dados cheguem ao ponto em que ter que escolher um arquivo de menor compressão ou de maior não importará, e o áudio não-comprimido de 32 bits a 96kHz se tornará a taxa de transmissão padrão. Seria ótimo, não apenas para audiófilos, mas para todos que gostam de música. Apresentando ao público em geral os detalhes e nuances da música gravada que estão faltando atualmente. Embora eu tema que o sonho esteja longe. Enquanto isso, terei que me contentar com a conveniência.